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quinta-feira, 28 de março de 2024

Religiosos são suspeitos de estuprar mais de 7 pessoas em MS

2017-01-13 16:03:00

Um grupo de religiosos é suspeito de estuprar mais de 7 crianças, jovens e adolescentes, em Coxim, a 257 quilômetros de Campo Grande. Eles cumprem prisão temporária e diziam às vítimas que faziam 'rituais de purificação'.

As investigações começaram depois que a mãe de quatro vítimas denunciou à polícia. Ela disse à delegada de Polícia Civil que os filhos de um ano, três, cinco e 18 anos sofriam abusos.

Os suspeitos dos crimes são dois líderes que atuam em células religiosas ligadas a uma igreja evangélica, que até o final do ano passado funcionava em um prédio que está em reformas no bairro Flávio Garcia. A célula é uma espécie de culto em casa e as reuniões, segundo a polícia, aconteciam na casa de um suspeito de 21 anos e na do outro de 28.

A delegada responsável pelas investigações, Silvia Elaine Girardi dos Santos, diz que vai pedir a prisão preventiva dos dois suspeitos. Um deles está no presídio de Coxim e o outro na cidade de São Borja, no Rio Grande do Sul, onde foi preso na casa de parentes. Ele deve ser transferido para Mato Grosso do Sulnos próximos dias.

Segundo a polícia, os suspeitos chegaram a morar durante quatro meses na casa das vítimas e foi justamente nesse período que os abusos aconteciam com mais frequência. As crianças e o adolescente fizeram exames de corpo de delito e os laudos comprovaram a violência sexual. Os relatos das vítimas revoltaram até os policiais.



Depoimentos

O MSTV teve acesso aos depoimentos. O jovem de 18 anos contou à polícia que conheceu os suspeitos e passou a frequentar a casa deles e até dormia no local, mesmo sem a autorização da mãe. As visitas eram por amizade e para pedir apoio espiritual. Foi quando os suspeitos convenceram a vítima a fazer sexo para se purificar e que isso era um pedido de Deus e ainda se caso não atendesse a vontade divina toda a família morreria.



O rapaz era agredido e ameaçado com faca no pescoço para realizar os "rituais de purificação”. O jovem disse ainda que os líderes da célula pediram para morar na casa dele e quando conseguiram a permissão da mãe, os suspeitos também passaram a abusar sexualmente dos irmãos pequenos.

A menina de cinco anos, que foi ouvida pela delegada, disse que os suspeitos batiam na cabeça dela e dos irmãos com um pedaço de pau e praticavam abusos. Eles faziam ameaças se ela contasse o que estava acontecendo. As agressões e abusos ocorriam quando a mãe das crianças estava no trabalho. Quando ela chegava do serviço, os agressores se comportavam como se fossem boas pessoas.     



Outros três jovens de 15, 17 e 20 anos também prestaram queixa na delegacia de Coxim contra os suspeitos que negaram as acusações. A polícia suspeita que mais pessoas foram vítimas da dupla.



Até agora dez pessoas prestaram depoimento no caso. Segundo a delegada, os suspeitos ainda não apresentaram advogados. Eles vão responder por estupro, estupro de vulnerável, lesão corporal e ameaça porque pressionavam as vítimas para que não contassem nada a ninguém.

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