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terça-feira, 16 de abril de 2024

Advogado Felipe Cazuo Azuma recorrerá sobre prisão dos fazendeiros

2016-08-19 16:01:00

O advogado Felipe Cazuo Azuma, que representa três, dos cinco produtores rurais presos na manhã desta quinta-feira (18) por suspeita de envolvimento com a morte do indígena Claudioldo Aquileu Rodrigues de Souza, 20, no dia 14 de junho na Fazenda Yvu, em Caarapó, recorrerá sobre a prisão preventiva deles que estão na delegacia da Polícia Federal de Dourados.

 

A busca junto a Justiça será pela revogação da prisão preventiva com pedido de habeas corpus dos apontados que permanecem presos.

 

De acordo com Azuma, a defesa entende que não há fatores que levem a ação. Ele cita que a medida deveria ser melhor observada. "Não houve ameaça de testemunhas, não tem motivos para pedido. A medida é muito grave e não pode ser tomada desnecessariamente".

 

A Polícia Federal cumpriu nesta manhã, cinco mandatos de prisão nos municípios de Dourados, Campo Grande, Caarapó e Laguna Carapã. O Dourados News tentou contato com a defesa de mais um envolvido, porém, até o fechamento desta reportagem não obteve retorno.

 

O advogado explicou que aguarda documentação para o pedido de Habeas Corpus que será impetrado no TRF (Tribunal Regional Federal) de São Paulo, sendo que o pedido de revogação acontece na Justiça Federal de Dourados.

 

Conforme o advogado, até esta sexta-feira (19), deve-se dar entrada em ambos os processos.

 

O ataque a qual se referem as prisões ocorridas, acabou por resultar na morte de do indígena Claudioldo Aquileu Rodrigues de Souza e na lesão de outros nove por arma de fogo.

 

As investigações colocam os produtores rurais com envolvimento direto no ataque e podem incorrer nos crimes de formação de milícia privada, homicídio, lesão corporal, constrangimento ilegal e dano qualificado.

 

O Ministério Público Federal apontou que as medidas visam a garantia da ordem pública e objetiva para evitar novos casos de violência às comunidades indígenas da região, tendo referência ainda ao novo ataque,ocorrido em 11 de julho, o qual deixou outros três índios feridos, dois deles, adolescentes.

 

Atualizado às 15h16 para acréscimo de informações

 

O caso

Em junho, o proprietário da Fazenda Ivu em Caarapó, registrou ocorrência policial com a alegação de que indígenas teriam fechado uma estrada que dá acesso à fazenda, local que depende de acesso por uma estrada nas imediações da aldeia Tey Kuê.

 

Posteriormente, na manhã do dia 14 de julho a tensão tomou conta do local e houve conflito, fato que resultou na morte de Claudioldo e em outros feridos.

 

Durante o enfrentamento, policiais militares foram até a região e acabaram sequestrados por horas por indígenas, inclusive sendo agredidos veja aqui.

 

Desde então, o local está tomado por forças de segurança. Na época pelo menos cinco fazendas e oito sítios da região foram ocupados por índios. Eles reivindicam a área como sendo terra tradicional indígena e pedem agilidade na demarcação, já que existe estudo antropológico envolvendo o território.

 

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