2018-06-16 15:02:00
Uma pesquisa realizada pela Mesa de Participación de las Asociaciones de Consumidores da Espanha (MPAC), aponta que a rotulagem das mercadorias pode iludir o consumidor final. De acordo com os dados, apenas 47% dos espanhóis leem os rótulos completos dos alimentos e não somente a parte frontal.
O levantamento indica que as mensagens curtas e imagens usadas pelo marketing para atrair os compradores estão sendo mais destacadas do que as informações essenciais dos produtos. De acordo com o Regulamento 1169/2011 da Comissão Europeia, todos os consumíveis capazes de causar alergias ou intolerâncias devem listar os ingredientes de forma destacada e com letras legíveis, contudo o relatório afirma que isso não acontece.
"Isso não é possível para repetir voluntariamente as informações alérgeno fora da lista de ingredientes, ou usar a palavra" contém ", seguido pelo nome da substância ou produtos enumerados no anexo II, nem use símbolos ou caixas de texto", informa o regulamento da Comissão.
Um exemplo sobre essa situação é a inscrição de "contém glúten" na embalagem de alimentos. Nesse caso, a Comissão salienta que só são usados alertas quando o alimento contém grãos que carregam glúten (trigo, aveia, centeio e cevada), mas não indicam que, na verdade, como o produto sofreu uma modificação tecnológica, pode ser considerado sem ou com muito baixo teor de glúten, o faz com que ocorra uma confusão de entendimento na hora da compra.
Segundo a pesquisa, outro problema de alienação a partir da rotulagem pode ocorrer com o aviso dos aditivos. Nos rótulos que contém a descrição de alimento com aditivos pode ficar implícito que essa prática não é recomendável para a saúde, porém, todos os componentes que estão contidos nos alimentos são rigorosamente testados e aprovados, diz a Associação.