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A bem-sucedida marca "low-cost" da Huawei focada nos jovens do Ocidente

2018-12-18 14:02:00

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GETTY IMAGES

Image captionA Honor efetua quase todas as suas vendas pela internet

O nome Huawei não é tão fácil de pronunciar, mas esta empresa chinesa está dando o que falar nos últimos dias. A prisão de sua diretora financeira no Canadá, a pedido dos EUA, e as acusações anteriores de espionagem feita pelo governo americano renderam à companhia cobertura na imprensa internacional.

Mas a gigante da tecnologia asiática tem uma "irmã mais nova" menos polêmica, que também se dedica à telefonia móvel e cujo nome não é tão conhecido.

É a Honor, uma marca especializada em telefones celulares, outros dispositivos eletrônicos e tecnologia "usável" (relógios ou pulseiras inteligentes) – mas com uma característica especial: éde baixo custo e seu público-alvo é o do Ocidente.

Na semana passada, ela protagonizou um lançamento importante: o View20, primeiro smartphone do mundo com câmera embutida na tela, que chegou na frente do homólogo da Samsung (A8s) por apenas algumas horas.

A Honor está, no entanto, há vários anos no mercado.

O que se sabe sobre a marca de celulares de baixo custo da Huawei e como ela cresceu tanto?

"HonorDireito de imagemSAJJAD HUSSAIN/GETTY IMAGES
Image captionAtualmente, a marca também vende para a Colômbia e o México na América Latina

Expansão internacional

Com sede em Shenzhen, polo tecnológico chinês, a Honor foi fundada em 2013 e começou sua expansão internacional logo depois, em 2014.

Em abril daquele ano, a empresa lançou o modelo Honor 3C na Malásia e, em outubro, voltou sua atenção para a Europa, apresentando o Honor 6 – um celular leve e compacto com câmera dupla – na Alemanha. O preço era muito competitivo: pouco mais de US$ 350.

No primeiro semestre de 2015, a companhia vendeu 20 milhões de unidades do dispositivo em todo o mundo, quantidade que equivale ao que foi vendido no ano anterior, segundo um relatório do site de tecnologia IDG News.

George Zhao, presidente da Honor, declarou que a meta para esse ano era vender seis milhões de celulares no mercado externo – e que esperava alcançar 40 milhões de unidades vendidas em todo o mundo.

Em junho de 2015, a marca expandiu para 74 países, incluindo grandes mercados emergentes, como a Índia e o Japão. Foi o ano em que o modelo Honor 7, um sucesso de vendas, foi lançado.

Em janeiro de 2016, a empresa apresentou o Honor 5X durante a Consumer Electronics Show (CES), feira de eletrônicos mais importante do mundo, nos Estados Unidos.

Atualmente, a marca também vende para vários países da Europa, do Oriente Médio, da Ásia, da África (somente na África do Sul) e da América Latina (na Colômbia e no México).

Em agosto do mesmo ano, a Honor alcançou a marca de 60 milhões de produtos vendidos, de acordo com um relatório da Recode, gerando receitas de mais de US$ 8,4 bilhões.

E a empresa lançou dois modelos novos também em 2016: o emblemático Honor 8 e o Honor Magic, que possui inteligência artificial.

Em 2017, a companhia apresentou o Honor 6X, que já estava sendo vendido na China, para 13 novos mercados, incluindo os Estados Unidos. O smartphone foi apontado como o melhor da feira CES por diversas publicações de tecnologia.

Foi então que chegou o Honor 9, atingindo a marca de um milhão de unidades enviadas no primeiro mês.

Foco nos jovens

Uma das principais estratégias da Honor, além de abraçar o mercado ocidental, é a venda de produtos a preços baixos. Uma operação quase exclusivamente online permite isso.

A empresa vende principalmente pelo site Hihonor.com, seu principal meio de distribuição desde 2016, embora os produtos da marca possam ser encontrados em algumas lojas.

"HonorDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionA Honor quer atrair o público jovem

E espera continuar crescendo usando esse modelo de negócio. Só na Espanha, espera expandir em 500% durante 2018, segundo informou George Zhao ao site Business Insider recentemente.

"Em três anos, queremos estar no top 4 do mundo e, em cinco anos, no top 3", afirmou Michael Pan, presidente da Honor na Europa, em outubro.

Ele também deu a entender que a companhia espera colocar os pés em mais países da América Latina em breve. "Somos ambiciosos, sem limites."

O que pesa contra a Huawei

Meng Wanzhou, chefe de operações financeiras da Huawei, foi presa no dia 1° de dezembro no Canadá, a pedido dos Estados Unidos, sob a acusação de infringir sanções econômicas impostas pelo governo americano ao Irã – o que ela nega.

Além disso, a empresa tem sido alvo de boicote em vários países ocidentais, como Estados Unidos, a Austrália e a Nova Zelândia, que estão restringindo o uso da sua tecnologia de infraestrutura de telecomunicação.

O receio destes países é de que o governo chinês tenha acesso à rede móvel de quinta geração (5G) e a outras redes de comunicação da Huawei para ampliar sua capacidade de espionagem, o que poderia colocar em risco a segurança nacional de terceiros.

A Huawei nega, por sua vez, as acusações e insiste que é uma empresa privada, não havendo controle do governo chinês sobre suas operações.

 

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