2018-03-20 11:02:00
Caminhões autônomos, que funcionam com o mínimo de interação humana, já são realidade em Denver e Massachussets, nos Estados Unidos. Esses veículos futuristas têm custo logístico bem menor e capacidade de percorrer nada menos que 2.700 quilômetros sem fazer paradas.
Segundo o professor Yossi Sheffi, diretor do Center of Transportation on Logistics (CTL) de Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos, esses veículos tendem a aumentar rapidamente durante os próximos anos. “A Uber, por exemplo, adquiriu a empresa de caminhões autônomos Otto, e a Intel comprou a startup de carros autônomos Mobileye. Em longo prazo, teremos a diminuição de centros de distribuição e o fim das transportadoras como conhecemos hoje”, observa.
Tecnologias como essa fazem parte da chamada Revolução 4.0, que ainda enfrenta desconfiança em relação à substituição do controle humano por um computador. Para Angelino Caputo e Oliveira, diretor executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), esse é um aspecto cultural que precisa ser superado. “Falar do futuro é como fazer um pouco de exercício de adivinhação, mas é iminente que vamos passar por um novo momento disruptivo com a revolução 4.0 chegando à cadeia da logística” afirma.
Máquinas inteligentes, automação intensiva, sistemas cyberfísicos, inteligência artificial, computação cognitiva, big analytics e blockchain já começaram a fazer parte do mercado brasileiro. “A completa digitalização é a nova revolução do setor portuário. Empresas como Google e IBM estão se interessando e investindo no segmento logístico”, afirma Jonas Mendes Constante, gerente de Projetos de Inovação da Fundación Valenciaport, da Espanha.
Esses temas são englobados na 24ª Edição da Intermodal South América, que engloba todos os segmentos que compõem a cadeia de logística. A feira é uma plataforma de negócios que tem objetivo de fomentar o desenvolvimento tecnológico e aprimoramento do setor logístico.
