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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Sociólogo diz que ex-governador de MS é "última figura da velha guarda política" a morrer

2018-02-14 07:39:00

morte do ex-governador de Mato Grosso do Sul Wilson Barbosa Martins, nesta terça-feira (13), é classificada pelo sociólogo Paulo Cabral como a partida da "última figura da velha guarda política". A história do estado tem a participação direta do político, que morreu aos 100 anos.

"Não se pode escrever a história dos seus 30 anos [de Mato Grosso do Sul] sem a família Barbosa Martins e sem a atuação de Wilson. Ele é a última figura do clã e a última figura da velha guarda política a partir", afirmou o sociólogo.

Wilson governou o estado em dois períodos. Além disso, foi o primeiro governador sul-mato-grossense eleito pelo voto direto. Também representou Mato Grosso do Sul no Senado e na Câmara dos Deputados e foi prefeito de Campo Grande.

 
 

 

 
 

 

 
 

 
 
 

 
 

 

 
 

 
 

 
 

 
 

 

 
 

 
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Wilson Barbosa Martins, ex-governador de MS, morre em Campo Grande

Mas a vida pública do ex-governador começou logo após um período que teve os direitos políticos cassados. Na avaliação do sociólogo, Wilson sempre foi um "democrata convicto", do partido de oposição ao regime militar.

"Retornou para participar da seccional OAB de Mato Grosso do Sul e da OAB já é lançado ao governo do estado às históricas eleições de 82, que eram as primeiras diretas para governador depois do período ditatorial. Não cumpre todo mandato porque se desincompatibiliza para disputar ao Senado e participa do Senado Constituinte e, no fim do mandato, retorna para se candidatar pela segunda vez a governador de Mato Grosso do Sul", disse Paulo Cabral.

A posição política de Wilson Barbosa Martins foi lembrada por algumas autoridades presentes no velório nesta tarde. O ex-secretário de Obras e Fazenda, Ricardo Bacha, afirma que todo legado construído nos dois períodos do ex-governador foi graças ao posicionamento firme, porém apaziguador.

Outro ex-governador, André Puccinelli (PMDB) também ressaltou a postura de homem determinado daquele que o introduziu no meio político como secretário de Saúde. "Aprendi muito quando fui secretário de Saúde, depois de dois convites negados. Tinha receio porque nunca tinha estado em uma administração pública", afirmou o peemedebista.

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