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Largadas na Fórmula-1 prometem fortes emoções em 2017

2017-03-22 11:02:00

Vamos começar com dois exemplos, dentre tantos, e da mesma forma decisivos. Mais para a frente você vai entender o porquê. Largada do GP de Bahrein do ano passado. O pole position, Lewis Hamilton, tem dificuldades com o sistema de largada do modelo W07 Hybrid da Mercedes, inicia mal a corrida e termina a primeira volta em sétimo. É um problema recorrente.

O companheiro de equipe, Nico Rosberg, segundo no grid, vence a segunda etapa do campeonato e soma 25 pontos. Hamilton termina ainda em terceiro e ganha 15 pontos, ou 10 a menos no caso provável de vitória.

GP da Itália, também em 2016. Hamilton, de novo na pole, não realiza com perfeição o procedimento de largada do W07 Hybrid e perde várias colocações. No fim da primeira volta é o sexto. Mais uma vez Rosberg se aproveita da situação, agora um erro assumido do piloto inglês, e conquista sua sétima vitória na temporada. Soma mais 25 pontos, enquanto Hamilton, em excelente recuperação, recebe a bandeirada em segundo. Adiciona 18 pontos. Mais uma vez os 25 da vitória eram bem possíveis.

Nessas duas provas Hamilton deixou de somar 17 pontos, 10 no Circuito de Sakhir, em Bahrein, e 7 em Monza, na Itália.

Por qual razão? No primeiro caso, porque o sistema de embreagem do W07 Hybrid não funcionou corretamente, na largada, segundo explicou Toto Wolff, diretor da Mercedes. E no segundo, como o próprio Hamilton reconheceu, “não agi como deveria nos comandos”.

Avancemos até a etapa de encerramento do campeonato, a 21ª do calendário, o GP de Abu Dhabi, disputado dia 27 de novembro, no Circuito Yas Marina. Rosberg e Hamilton vão lutar pelo título. O alemão se apresenta numa condição mais favorável, com 367 pontos, enquanto Hamilton, 355. São importantes 12 pontos de diferença. Só a vitória não garante o quarto título a Hamilton. É preciso que Rosberg também não fique entre os três primeiros.

Por mais que Hamilton, líder desde a largada, desta vez desfrutando bem da pole position, contivesse seu ritmo, para fazer com que Sebastian Vettel, Ferrari, e Max Verstappen, RBR, pudessem tentar ultrapassar Rosberg para o alemão não terminar em terceiro, a tática não deu certo.

Hamilton venceu, mas com o segundo lugar Rosberg não apenas celebrou o primeiro e merecido titulo da carreira, repetindo o feito de seu pai, Keke Rosberg, em 1982, com Williams, como, satisfeito, decidiu encerrar a carreira na F1, ao menos como piloto.

No frigir dos ovos Rosberg terminou o mundial com 385 pontos enquanto Hamilton, 380. Apenas 5 pontos os separaram. É bem menos dos 10 perdidos pelo piloto inglês pelo problema na embreagem do W07 Hybrid no GP de Bahrein e os 7 pontos do equívoco em Monza.

Esses dois exemplos, dentre tantos na história recente da F1, dimensionam bem como as largadas são decisivas, como condicionam o resultado final das corridas e por vezes do mundial.

Mudanças decisivas

Avancemos, agora, até o campeonato que irá começar em breve, dia 26 na Austrália. Pois nesta temporada há dois fatores que nem todos deram a devida atenção e que, provavelmente, vão determinar o vencedor de uma ou outra etapa do calendário. E, por que não, Como vimos em 2016, apontar o campeão do mundo.

O primeiro é a nova restrição imposta pela FIA ao sistema de embreagem usado até o GP de Abu Dhabi descrito há pouco. Só para lembrar, nos monopostos de F1 a embreagem é acionada por uma alavanca localizada atrás do volante. O piloto pode comandá-la com os dedos, sem tirar a mão do volante.

A partir do GP da Bélgica de 2015, foi proibido aos times o uso de duas alavancas de embreagem com funções distintas. A do lado esquerdo controlava o chamado bite point, ou seja, aquele ponto onde a embreagem deixa de agir e o carro começa a tracionar, que chamaremos de ponto de tração.

"Embreagem"Embreagem

Embreagem na F1 fica atrás do volante, abaixo da alavanca do câmbio (Foto: Getty Images)

Até a prova anterior a de Spa, em 2015, na Hungria, o piloto regulava o ponto de tração, na hora da largada, a partir das informações passadas por seus técnicos. Os carros deixavam os boxes para a volta de alinhamento no grid e durante essa volta os engenheiros detectavam o grau de aderência do asfalto e inseriam em um programa com outras variáveis, como as características do pneu instalado no carro, seu grau de desgaste (eram os mesmos da classificação) e temperatura ambiente e da pista.

Esse estudo, realizado a toque de caixa, dava aos engenheiros ponto de tração, o bite point, que faria o monoposto se deslocar sem fazer as rodas girarem em falso, ou patinarem, ou não acelerar com todo o seu potencial. O piloto era informado via rádio como agir nos comandos do volante, onde se encontram os botões de ajuste das funções. A partir daí, mantinha a alavanca esquerda no ponto indicado pelos técnicos e a da direita puxada no curso máximo.

Quando as luzes vermelhas apagavam, tudo o que o piloto tinha de fazer era soltar subitamente as duas alavancas e colocar as duas mãos no volante. Em seguida, se preocupar apenas em trocar as marchas na sequência normal, respeitando o limite de giros, indicado por luzes do volante, e administrar a disputa em si. A importância do piloto nesse procedimento decisivo no resultado da competição, como vimos, era pequena.

Menos tecnologia

A FIA proibiu a partir do GP da Bélgica a definição de funções diferentes para as duas alavancas. Deixou de ser possível à da esquerda manter a embreagem no bite point. A FIA foi além: proibiu a conversa via rádio entre o piloto e seus engenheiros, para não ser informado sobre como melhor ajustar a embreagem pouco antes da largada. Os carros teriam de deixar os boxes para a volta de alinhamento com a regulagem da embreagem, ou com o bite point, definido.

Mas os comissários viram que a restrição não impediu de as escuderias seguirem prestando ajuda a seus pilotos. Passaram a usar curso longo para as alavancas, a fim de reduzir a sensibilidade da embreagem, tornar menos crítico seu acionamento e, mais importante, nem todas largadas excepcionais, com o piloto ganhando várias posições, podiam ser atribuídas a sua maior habilidade. Deveria haver, em certos casos, algum auxílio de engenharia por trás daquela eficiência toda. De difícil detecção.

Este ano a FIA tornou a possibilidade de interferência externa ainda mais complexa. Em primeiro lugar, é permitido agora apenas uma alavanca, não duas, mesmo que ambas exercessem a mesma função, como imposto em agosto de 2015. O curso máximo da alavanca está limitado em 8 centímetros.

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