2016-11-25 15:27:00
No dia 17 de novembro foi veiculada no site da UEMS uma reportagem intitulada “UEMS acompanha Estado e dá salto em transparência”, no qual aborda que as informações financeiras da Universidade constam no Portal da Transparência do Governo do Estado.
Através da internet, a Universidade disponibiliza ao público informações sobre investimento em pessoal, patrimônio, receitas, despesas, orçamentos, licitações e contratos, repasses e convênios. Porém, há pontos a serem questionados em se tratando de transparência administrativa.
Uma situação acontecida no mês de maio representa bem essa falta de transparência: Durante um encontro em Goiânia em quê um grupo da UEMS participou, um dos Pró Reitores passou primeiramente em São Paulo para cumprir uma agenda pessoal. O preço de sua passagem aérea foi mais alto que dos demais integrantes. Sua agenda era somente participar do lançamento do livro do seu amigo, ou havia compromisso profissional? Ele poderia receber o valor das diárias? O certo é que o vôo dele chegou às 14h em Campinas, e às 18h publicou uma foto em São Paulo. No dia seguinte, voltou ao seu destino com a equipe da UEMS. Dá para justificar esse gasto a mais por essas poucas horas em São Paulo e ainda com parte do tempo gasto com questões particulares?
Em outra situação, houve cancelamento de uma reunião do Comitê Interno de Pesquisa, em setembro, por falta de recurso para custear as diárias. No entanto, recentemente grande parte da equipe da UEMS foi à Campo Grande assistir o discurso do Reitor no Tribunal de Contas do Estado (TCE), sendo que o mesmo era transmitido ao vivo pela internet. A questão é: qual o interesse público da UEMS em parar por um dia, levar os funcionários administrativos para este evento?
Outra questão a ser levantada é: em vários órgãos públicos a agenda do chefe está disponível no site para o público. Na UEMS, a agenda do Reitor não é pública e suas atividades estão, na maioria das vezes, pautadas em Campo Grande, sendo que a Reitoria está localizada em Dourados.
Por fim, persiste a falta de orientação aos professores que estão em estágio probatório, os coibindo quando procuram informações relacionadas à adequação da carga horária mínima de contrato.
