2014-07-18 12:44:00
Vilson Nascimento
A Jorcal Engenharia e Construções S/A, empresa responsável pela recuperação da Rodovia MS-386 que integra a vulgarmente conhecida “Guaira-Porã”, trecho que interliga Amambai a Ponta Porã, subempreitou trechos da MS-165, também conhecida como Sul-Fronteira em Aral Moreira e há duas semanas parou as obras em Amambai.
Além da MS-386 entre Amambai e Sanga Puitã, em Ponta Porã, a Jorcal é responsável pela recuperação da malha viária nos dois sentidos na Avenida Pedro Manvailler, que, apesar de urbanizada, é uma extensão da Guaira-Porã, que corta o centro comercial da cidade.
As obras de recuperação da citada avenida também foram iniciadas pela Jorcal na região da saída para Coronel Sapucaia, se desenrolou por alguns quarteirões, mas também foram paralisadas pela empresa.
A paralisação, além do atraso na recuperação da avenida principal de Amambai, obra prometida pelo governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB) para a classe política do município, também está causando prejuízos para quem utiliza regularmente a MS-386, uma das principais vias de escoamento da produção agropecuária da região.
Acontece que, por estar sob responsabilidade da construtora, a Agesul (Agência Estadual de Gesto de Empreendimento) do Governo do Estado, parou de realizar a manutenção da via, os chamados “tapa-buracos”.
Com isso trechos da rodovia estadual que ainda não passaram por recapeamento, estão tomados por buracos, que além de provocar possíveis danos aos veículos, também colocam em risco a segurança de quem transita pela rodovia estadual.
O trecho mais complicado em relação a buracos no asfalto está entre aproximadamente dois quilômetros adiante da Aldeia Amambai, para quem se desloca no sentido Amambai a Ponta Porã da via, até a região do Rio Amambai, na divisa entre os municípios de Amambai e Aral Moreira e nas proximidades da Cooperativa COAMO, próximo ao distrito de São Luiz, em Aral Moreira.
Essa semana a reportagem do Grupo A Gazeta percorreu trechos onde as obras de recuperação da Guaira-Porã deveriam estar em andamento, mas não encontrou nenhum maquinário trabalhando.
Nossa reportagem tentou contato via fone e por e-mail com a Jorcal Engenharia e Construções S/A através de sua filial em Mato Grosso do Sul, segundo o site da construtora, situada na cidade de Antônio João, mas não conseguimos.
O telefone que consta no site, o (67) 3435-1661 é inexistente, segundo a operadora de telefonia e o contato via e-mail que consta na página da empresa na Internet deu como desabilitado.
Ao manter contato com o diretor regional da Agesul, em Amambai, o engenheiro Stefano Andrade de Brida, fomos informados que a fiscalização da obra no trecho da Guaira-Porã interligando Amambai a Sanga Puitã não está sob responsabilidade do órgão local e sim sob fiscalização de engenheiro da capital do Estado, Campo Grande.
Por não estar atuando na obra, a regional da Agesul em Amambai não tem detalhes sobre o andamento, mas segundo Stefano de Brida, por parte do Governo do estado não tem nenhuma ordem de paralisação dos trabalhos de recuperação, tanto da rodovia como da Avenida Pedro Manvailler.
Pavimentação da Sul-Fronteira está em andamento
Ao visitar a obra da Sul-Fronteira no decorrer dessa semana, nossa reportagem se deparou com vários maquinários da Jorcal atuando na terraplanagem e na aplicação de base asfáltica.
A pavimentação do trecho de 38 quilômetros da MS-165 (Sul-Fronteira) ligando Aral Moreira à MS-386 em Ponta Porã, obra que vai custar R$ 20,6 milhões de reais, segundo o Governo do Estado, está bastante avançada.
Depois de pronto, o trecho de rodovia estadual vai reduzir em quase cinqüenta por cento a distância entre a cidade de Aral Moreira, que está situada na linha internacional que separa Brasil e Paraguai, para Ponta Porã, considerado o maior grande centro da região.
Além de beneficiar um assentamento e várias propriedades rurais produtoras de grão da região, a pavimentação da rodovia é vista como um marco para o desenvolvimento sócio-econômico para o município de Aral Moreira.
