2016-07-03 22:25:00
Vilson Nascimento
Torres sem nenhum tipo de sinalização, a maior parte de propriedade ou locadas à empresas da área de telefonia, representam iminente risco à população, em Amambai.
Praticamente todas as torres de maior altitude existentes na cidade, entre elas a chamada “Torre da Telems”, hoje sob a exploração das operadoras Oi e TIM não dispõem de nenhum tipo de sinalização como “lâmpadas piloto”, por exemplo.
Pelo menos três das maiores torres em operação estão instaladas na região central de Amambai, em localidades cercadas por residências e, apesar de o tráfego de aeronaves sobre a cidade ser bastante raro, principalmente em período noturno, o choque de um avião contra uma delas poderia provocar uma catástrofe sem precedentes.
Sem regras
A portaria nº 1.141/GM5, de 8 de dezembro de 1987 do então Ministério da Aeronáutica em seu capítulo V , artigo 27, parágrafo primeiro, orienta que obstáculos, nos quais se enquadram as torres, “devem ser sinalizadas com a finalidade de reduzir os perigos para as aeronaves” e diz também que “a sinalização será feita por meio de luzes de baixa, média e alta intensidades”, mas não encontramos nenhuma lei especifica que determine a obrigatoriedade desses equipamentos.
Torres estão irregulares, diz Bombeiros
Procurado pela reportagem do grupo A Gazeta, o comando do 16º Subgrupamento do Corpo de Bombeiros, com sede em Amambai informou que não está entre as atribuição da corporação a fiscalização em relação a sinalização de torres, mas para operar elas devem cumprir determinada regulamentação e nesse ponto todas as torres em operação em Amambai estão irregulares.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a partir de dez metros de altura a torre tem obrigatoriamente de ter “projeto contra incêndio e pânico” como qualquer prédio, mas no caso de Amambai nenhuma das torres, algumas delas com cerca de 70 e até 100 metros de altura, tem tal documentação.
De acordo com o 16º SGB apenas uma torre que seria pertencente a razão social Telems, instalada no pátio de uma oficina, na região da Vila Cláudia, deu entrada com o pedido de regularização, mas o projeto ainda não foi aprovado.
Segundo o comando do Corpo de Bombeiros um dos itens excenciais cobrados em relação a torres é o SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas), o popularmente conhecido “para-raios”.
