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quinta-feira, 28 de março de 2024

Transferir recursos do crédito para o seguro seria mais eficiente, propõe ex-ministro Guedes Pinto

2016-09-28 17:05:00

Transferir recursos do crédito rural, das operações de comercialização e usados em renegociações de dívidas para o seguro agrícola é uma medida que acarretaria em maior e melhor garantia de renda para o produtor do que o simples subsídio para produção e/ou venda da safra. Esta é a síntese da proposta apresentada pelo ex-ministro da Agricultura [2006 a 07], Luis Carlos Guedes Pinto, em evento realizado no último sábado (24), em Campinas (SP).

Segundo Guedes, esta realocação de recursos significaria que o montante destinado ao seguro rural poderia ser multiplicado entre 15 a 20 vezes o volume médio das últimas temporadas, que se situou na casa dos R$ 400 milhões. De acordo com o ex-ministro, este valor é aquém da necessidade e refém do contingenciamento de recursos do orçamento federal.

Na avaliação de Guedes, esta transferência de recursos poderia diminuir o prêmio que é pago pelo produtor e aumentaria a área coberta, abrindo caminho também para o seguro de renda. “Hoje, não temos 10% da área agrícola segurada, e só temos proteção de clima”, disse o também ex-ministro Roberto Rodrigues. Para o também ex-ministro, Alysson Paolinelli, não haverá agricultura sólida sem que haja garantia de renda para o produtor.

Segundo Guedes, da forma como a política agrícola está estruturada o que o governo faz é só administrar prejuízo, especialmente com renegociações de dívidas. “E isso é algo que além de tudo também macula a imagem do agronegócio junto à sociedade.” De acordo com Guedes, ainda que o subsídio brasileiro ao crédito seja baixo [3% do valor da produção agrícola], ele vem sendo constantemente criticado no âmbito internacional. “Com os recursos sendo destinados ao seguro, isso deixaria de acontecer”, ressaltou.

Para o presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), João Martins da Silva, no desafio de assegurar renda para o campo, as políticas devem priorizar a classe média rural. “O pequeno produtor tem o Pronaf, e o grande capital próprio. O médio é o que mais sofre e merece mais atenção.”

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